
Imagem de acervo – Autor: Gabriel Bassetti
Na VI Mostra Fotográfica da Disciplina de Cinema (2017)
na série O HOMEM AUTOFÁGICO
Eu existo há muito tempo. Estou em muitos lugares. Públicos e privados. Ora cheia, ora vazia. Agora em 2020, durante uma longa pandemia, fiquei mais vazia do que cheia. Sobrou tempo para que me repensassem. Os anos passam, discutem sobre mim, mas no final das contas, continuo a mesma.
Sou uma sala de aula tradicional, com várias carteiras e todas viradas para uma lousa, onde costumam ficar os professores. Possuo janelas, uma porta com um observador, e agora, mais recentemente, ganhei também um projetor e uma lousa digital branca. Os anos passaram, mas não mudei muito. Em mim, transitam professores e alunos, às vezes coordenadores, funcionários e pais. Dizem que sou um lugar de aprendizagem. Eu nunca sei ao certo. Às vezes pareço mais uma prisão ou um lugar de tédio. E às vezes, parece que nem sou uma sala de aula, mas um canteiro criativo de atividades. Depende um pouco de quem me atravessa.
Escutei uma vez de Carlos Skliar, que a educação é como uma conversa, mas não uma conversa qualquer. É uma conversa sobre o mundo. Sobre um mundo que cuida e um mundo que há de ser cuidado. A educação é uma conversa que não tem começo e nem fim. E que as pessoas são formadas por conversas que tiveram por toda a vida. Talvez eu seja esse lugar que presencia essas conversas. Não todas. Apenas algumas delas na vida de quem transita por mim. E existem conversas que valem a pena serem compartilhadas.
O ano era 2008, e lembro com clareza de uma jovem entrando como professora numa sala de aula pela primeira vez. Ela só conhecia aquele espaço como aluna que havia sido algum dia. Parecia estar nervosa diante dos seus primeiros 13 alunos. 12 meninos e 1 menina. Achei que ela fosse uma professora de alguma disciplina tradicional, como português, matemática ou ciências, mas não. Ela era professora de cinema. E eu nem sabia que era possível ter aulas de cinema numa escola. Eu estava tão habituada aos livros, cadernos, apostilas e cartolinas, mas com ela, nada disso existia. Ela exibia filmes e fazia vídeos com os alunos. Suas ferramentas eram câmeras digitais, fitas mini-dv, computadores e pendrives. Uma câmera-caneta1 talvez, que escrevia com criatividade, ideias, emoções e pensamentos dos alunos. Fiquei curiosa com essa novidade e resolvi observar com maior atenção as conversas que presenciei por ali.
Eu a acompanhei por 12 anos. Ela era professora da disciplina de cinema da escola. Não era nem formada em cinema ainda, mas já estava lá iniciando os alunos à essa linguagem nova, até pra mim. Haviam épocas que eles passavam mais tempo na sala, vendo filmes importantes e escrevendo roteiros, depois eu não os via mais por muitas semanas, apenas para a chamada. Quando ela chegava, saíam todos pela escola filmando, atuando, produzindo cenas, e eu só via o resultado de tudo nas projeções no telão.
Ali mesmo no telão, vi adolescentes imitando Georges Méliès2 e suas trucagens, por vários anos seguidos. Lembro-me de como os alunos gargalhavam com suas brincadeiras3 e eu podia ver a professora sorrindo no canto da sala. Ela parecia sempre muito orgulhosa do que eles faziam. Outras vezes, deslumbrei-me com pequenos takes cotidianos, inspirados no cinema de registro dos Irmãos Lumière. Eu achava engraçado como uma invenção tão antiga como o cinema, podia ser tão recente ao mesmo tempo, quando os celulares chegaram nas mãos dos alunos, e eles imitavam os mesmos gestos de registro, que aqueles dois irmãos ensaiavam há mais de 120 anos. Acompanhei a ascensão e morte do Snapchat entre os alunos. Agora em 2020, acho que eles brincam mais de Méliès com o TikTok, mas vai saber. As tecnologias vão sempre mudando e as crianças e jovens vão se transfigurando junto.
Lembro com muito carinho quando a professora descobriu uma pioneira do cinema chamada Alice Guy Blachè, em 2016, através de um documentário chamado “E a mulher criou Hollywood”4 de duas irmãs francesas, Clara e Julia Kuperberg. Ela falava com brilho nos olhos de como aquela mulher havia criado os primeiros filmes ficcionais5, diferente dos Irmãos Lumière6 e seu cinema de registro, e havia sido invisibilizada pela história do cinema. Achei tão triste esse esquecimento dela. Quando assisti “A fada dos repolhos” (1896), “As consequências do feminismo” (1906) e “A madame tem desejos” (1907)7 fiquei surpresa de ver o protagonismo feminino, já que eu estava acostumada a ver filmes antigos sempre com personagens homens. A partir daquele ano, a cineasta Alice era apresentada para todos os alunos nas aulas de cinema. E ficou impossível não falar de gênero e feminismo, pois como eu mesma sempre presenciei em meus aposentos, a maioria dos livros, apostilas e percursos históricos sempre foram predominantemente escritos por homens citando outros homens. Não que não houvessem mulheres, mas acho que nem se questionavam porque elas pouco apareciam. Felizmente isso parece estar mudando, porque agora, até autores indígenas, negros e orientais começaram a aparecer entre os alunos. Pouca coisa, mas pelo menos, alguma coisa. Eu fico sempre animada com mudanças. Dá uma arejada em meus aposentos tão ultrapassados.
Além de assistir os primeiros filmes, eu adorava as aulas de cinema de animação em stop motion8. As carteiras impecavelmente enfileiradas ficavam bem bagunçadas nesses dias, e as grades debaixo delas eram usadas para posicionar os celulares que começaram a aparecer nas aulas por volta de 2010. Eu ficava entusiasmada com tantas cores e objetos. Os alunos animavam letras, flores, aviões, bonecos em aplicativos de celular, e eu sempre me perguntava no que aquilo ia dar. Quando todo o processo acabava, eu ficava encantada como aqueles objetos estáticos ganhavam vida. Ao longo dos anos, vi todo tipo de experimentação em animação, mas guardo com carinho os projetos coletivos “Aquarela”9, inspirado na música belíssima do Toquinho, além da animação coletiva “Rancho de amor à ilha”10 do Zininho. Gosto dessas porque eu soube que também foram para festivais de cinema pela cidade. Com tanto empenho dos alunos, ficaria difícil não levar seus trabalhos para fora de mim. Não me importo. Assim que deve ser. Para além da sala de aula.
Embora eu goste de presenciar as conversas que me atravessam ao longo dos anos, eu também gosto da saudade. Da ausência de mim. Quando os alunos se ausentam de mim, voltam mais entusiasmados. Acho que não fui feita pra ser ocupada o tempo todo mesmo. Talvez por isso existam as férias. E eu achava engraçado, em como em alguns anos, mesmo nas férias, os alunos experimentavam suas câmeras e traziam seus Minutos de Férias para a professora de cinema. Não era obrigatório, mas alguns gostavam tanto da aula e queriam praticar o que haviam aprendido no ano letivo, que faziam seus minutos de férias. Era sempre no meio do ano. E os minutos nunca se repetiam. A professora gostava de lembrar seus alunos disso. Que cada um tinha seu olhar único e sensível sobre o mundo. Acho que ela citava Roland Barthes nesses momentos. Que assim como eles captavam coisas diversas em seus experimentos audiovisuais, a relação com a arte e com os filmes também era assim, única e sensível. Que seu papel como professora não era dizer o que deviam ver ou ouvir, mas fazê-los pensar sobre o que eles mesmos viam e ouviam.
E por falar em ouvir, lembro quando as aulas começaram a girar em torno dos sons nos filmes. No começo do ano, eu sempre ficava vazia, porque a turma ia circular pela escola para ouvir as paisagens sonoras fora da sala. Eu ficava ansiosa esperando eles voltarem. A professora começava com essa brincadeira de escuta para falar de som nos filmes. Ela também os fazia ficarem de olhos fechados em algumas aulas, ouvindo trilhas sonoras famosas para serem adivinhadas, ou em outras aulas, emitia sons estranhos de objetos, num constante jogo de adivinhação. Com isso, ela falava de edição de som no cinema, pois nem sempre os sons que escutamos nos filmes são dos mesmos objetos que vemos. Eu adorava essa brincadeira. Nem parecia aula. Parecia uma brincadeira. Uma aula-brincadeira. Depois os alunos assistiam “Vermelho como o céu” de Cristiano Bortone (2006), que conta a história real de um menino cego que criava história com sons11, e se tornou um dos maiores editores de som do cinema italiano. Eu vi e revi esse filme por anos, de tão bonito e importante que ele era. E a partir dele, os alunos criavam histórias apenas com sons, para somente depois pensarem em cenas visuais para as histórias criadas.
Eu vi filmes antigos, descobri a origem do cinema, presenciei experimentos com a animação em stop motion, brinquei de adivinhar sons, mas as conversas que presenciei foram além de tudo isso. Eu também vi os alunos descobrirem a fotografia nas aulas de cinema. A professora adorava o tema da invisibilidade, e por vários anos trabalhava com a provocação “A escola que ninguém vê”. E eu ficava me perguntando como que os alunos iriam ver algo no não-visto num ambiente tão familiar e cotidiano. Mas o desafio era esse. E presenciei exposições incríveis de fotos que mostravam partes da escola que ninguém tinha o hábito de notar, nem mesmo eu. Canos de esgoto, privadas, paredes descascadas, flores, folhas, cadeados. Era tanta coisa diferente que eu mesma não reparava. E quando pais, professores e funcionários viam a exposição, deviam se fazer a mesma pergunta “Mas onde fica isso na escola?”. Aquela visão sobre a arte que a professora tinha, e do tal Roland Barthes (e outros possíveis autores) parecia se confirmar nesses momentos. Os observadores das fotos ficavam inquietos com a temática. E os alunos se surpreendiam consigo mesmos, de como havia muita invisibilidade no visível.
Depois de praticarem a fotografia pela escola e pelos arredores do bairro, eles experimentavam compor imagens em vídeos, e a professora tinha uma paixão especial pelo filme francês “O fabuloso destino de Amélie Poulain” de Jean-Pierre Jeunet (2001). Digo que ela era realmente apaixonada, pois em 2015 quando ganhou sua menina, deu esse nome pra ela. Amélie. Nesse filme, o diretor apresenta os personagens a partir dos seus gostos, então os alunos eram desafiados a compor takes que revelassem seus gostos, sem qualquer tipo de legenda ou informação extra. Precisavam transmitir a ideia do que gostavam e não gostavam, em takes curtos. E novamente, nenhum take sequer se repetia. E isso sempre encantava a professora, ano após ano.
Além dos filmes que comentei acima, na filmografia da disciplina haviam filmes que sempre eram exibidos, como “A invenção de Hugo Cabret” de Martin Scorsese (2012) que mescla ficção e realidade sobre o cineasta Georges Méliès e “O garoto” de Chaplin (1921), primeiro longa-metragem do ícone do cinema mudo. De vez em quando, alguns documentários da cineasta brasileira Estela Renner surgiam também, como “Criança, a alma do negócio” (2008) e “Repense o elogio” (2017). E inclusive, o cinema documentário também me rendia boas reflexões. O mais polêmico foi o “Legalize” de um grupo de meninas, que realizou seu trabalho em 2012. A coordenação da escola permitiu que ele fosse realizado, mas no evento de artes anual e tradicional de final de ano, ele foi proibido. Ninguém queria levantar a discussão sobre a legalização da maconha no ambiente escolar. A professora chorava defendendo o filme pra coordenação, dizia que havia ficado bem equilibrado e maduro, mas não teve jeito. As alunas nunca mais falaram com a professora, e ela pensou em sair da escola pra sempre. Mas seu medo de nunca mais pisar em uma sala de aula, ou seja, em mim, era maior. E ela ficou.
No fundo, eu acho que a professora tinha razão. A escola deveria ser mesmo um lugar de conversa sobre o mundo. Mas algumas instituições não querem lidar com problemas, e preferem só proibir. Como foi o caso dos celulares por um certo tempo. Eram indesejados e proibidos, mas não nas aulas de cinema. A professora desafiava os alunos a usá-los de maneiras criativas e educativas. Fotografias, efeitos sonoros, filmagens, animações, roteiro, edição e pesquisa. O celular era a caneta e o caderno. O livro e a apostila. Era tudo pra eles e pra ela. E por anos e anos, experiências incríveis atravessaram não só à mim, mas também esses pequenos aparelhos de convergência múltipla de linguagens e tecnologias. Acho que um tal de Jenkins dizia isso, e a professora costumava citá-lo quando finalizou o Mestrado em Educação, em 2012.
Fazer cinema documentário não era o que mais entusiasmava os alunos, mas alguns trabalhos me tocaram de maneira especial. O coletivo “O que é o feminismo?”12 reunia vozes da comunidade escolar e foi até exibido na 14° Cineop, em 2019. Depois de estudarem a cineasta Alice Guy Blaché, o feminismo havia virado pauta na turma. E em 2020, o ano em que a professora finalizou seu ciclo na escola, para iniciar o Doutorado em Educação na UFSC, os alunos entregaram um dos trabalhos mais urgentes, em meio à pandemia que me esvaziou de forma angustiante, por meses e meses. Eles leram “O amanhã não está á venda” de Ailton Krenak, um importante escritor e filósofo indígena brasileiro, e assistiram o episódio “Guerras da conquista” da série documental “Guerras do Brasil.doc” de Luis Bolognesi (2019). A temática indígena, e o covid-19, que marcou parte de seus percursos escolares em 2020, resultou num documentário-apelo de 20 minutos13, evidenciando a fragilidade dos povos indígenas do Brasil. Os alunos desconheciam vozes indígenas, e a professora nunca havia pensado sobre elas até aquele ano. Eu mesma gostei de finalmente revisitar o começo da história do Brasil, por outra perspectiva. Acho que eu estava cansada de sempre ouvir a voz dos brancos, principalmente homens. Ouvir as vozes de mulheres, de brasileiros e de indígenas, era novo e importante pra mim. E nas aulas de cinema, essas vozes se transformavam em falas. Em experimentos. Em coletivos.
Presenciei por mais de uma década, alunos verbalizarem ideias, roteirizarem, planejarem, filmarem dentro e fora de mim, fotografarem, editarem e assistirem seus trabalhos na tela grande. Alunos entusiasmados, outros entediados. Alguns comprometidos, outros indisciplinados. Às vezes alguns ficavam sozinhos e tristes na sala. Nem sempre a professora via. Nem sempre, naquelas aulas tão curtas, ela percebia que nem todos conseguiam pertencer a algum grupo. Talvez nem ela mesma conseguisse. Por mais interessante e diferente que fossem as aulas de cinema, nem todos os problemas se resolviam naqueles encontros semanais. As diferenças e as singularidades eram profundas e diversas demais para serem acolhidas de forma constante. Há quem tente promover acolhimentos e há quem não se importe nunca. Mas sempre parece impossível no contexto escolar. Sou antiga e sei disso. O que eu achava bonito, eram os alunos com certas dificuldades ou peculiaridades, como paralisia cerebral, autismo e síndrome de down, participarem das aulas de cinema, enquanto grupo. Vi um garoto com paralisia cerebral parcial animar seu nome sozinho. Vi alunos com autismo, serem entrevistados ou segurarem a câmera para seu grupo de trabalho. Vi outro aluno com síndrome de down usar uma câmera fotográfica pela primeira vez. Não sei bem se eles gostavam ou se importavam com aquelas experiências, mas a professora se transformava a cada conquista. Testava limites seguros com os alunos, para ver até onde era possível ir. E quando questionada como era trabalhar com alunos com autismo, por exemplo, ela respondia que seu papel não era enaltecer a característica do autismo no aluno, mas acessá-lo de tal maneira, que ele encontrava algo que gostasse de fazer num grupo, como qualquer outro aluno. E naquele momento, ela não tinha mais um aluno com autismo, e sim, um aluno que gostava de atuar ou segurar a câmera ou bater a claquete ou animar letras. E se esse pensamento não for o verdadeiro pensamento de inclusão, eu não sei mais qual seria. Acessar o aluno, seja ele como e qual for, independente de suas limitações.
Existe um artista chamado Luis Camnitzer que diz que ‘todos deveriam ser artistas’, e a professora gostava muito de citá-lo. Não que todos fossem se tornar artistas, mas que é importante conhecer todas as linguagens possíveis, para saber de qual se gosta mais, e como se expressar melhor através dela. Saber se expressar, seja de forma verbal ou visual, é parte importante do auto-conhecimento, e da compreensão da sua relação com o mundo. Para ela, quando um aluno consegue executar a sua ideia, e ficar satisfeito com o que fez, atingiu o mínimo de recursos para se expressar naquela linguagem. E o audiovisual parece ser uma linguagem cada vez mais importante entre os jovens. Para a humanidade no geral. Eu mesma ganhei projetores e telão nos últimos anos. Sei do que estou falando!
Não lembrarei de todas as conversas que se atravessaram em mim. Nem mesmo lembrarei de todas as travessias dessa jovem professora de cinema e seus alunos, que ano após ano, iam e vinham. Comentei de algumas conversas que me marcaram, e notei que mais do que falar de aulas de cinema, falei de educação e de mundo. Ainda continuo com uma estética semelhante desde que me construíram: carteiras, lousa, paredes, janelas e portas. Às vezes fico mais colorida de cartolinas, às vezes fico escura e iluminada pela luz de um projetor. Às vezes fico vazia, mesmo com a escola cheia. Às vezes fico cheia, mas pareço vazia de alegria. Às vezes pareço uma brinquedoteca, e em outras vezes, pareço mais uma prisão. Depende sempre de quem me atravessa, principalmente na figura de professores, que eu preferia chamar de passadores, como fala Alain Bergala. Ou melhor ainda, de mediadores. Bom mesmo, é quando os alunos que me ocupam, tem protagonismo em suas trajetórias de construção do conhecimento, e os professores se tornam meros iniciadores, estimuladores ou mediadores desses encontros de saberes.
Quando eu realmente me torno um lugar de conversas, que nunca começam e nunca terminam, mas falam sobre um mundo que cuida e há de ser cuidado, sou mais feliz. Porque aí eu tenho certeza, que o encontro entre saberes e educação, realmente aconteceu. Ou encontros entre cinema e educação. Arte e educação. Tecnologia e educação. Humanidade e educação.
E você? Quando está em mim permite conversas? É apenas professor ou um mediador de saberes? Enche-me de alegria ou de tédio? Acolhe os alunos em suas singularidades ou usa uma régua só para todos? Lembra de sua travessia com carinho ou com rancor? Espero que essas perguntas te encontrem. Porque se você não as faz, jamais mudarei de forma.
E eu estou realmente cansada de estar do mesmo jeito de sempre.
Transforme-se e me transforme.
Obrigada!
Referências
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Notas
- Alexandre Astruc escreve em 1948 um artigo chamado “Naissance d’une nouvelle avant-garde: La câmera stylo”, (Nascimento de uma nova vanguarda: A câmera caneta) onde pela primeira vez o termo é cunhado e segundo Marie (2011) muito do que foi falado por ele seria retomado por François Truffaut em seu artigo “Uma certa tendência do cinema francês”. MARIE, Michel. A Nouvelle Vague e Godard. Tradução: Eloísa Araújo Ribeiro e Juliana Araújo. Papirus. Campinas-SP, 2011. ↩︎
- Ver “A invenção de Hugo Cabret” de Martin Scorsese (2012) ↩︎
- Ver o exemplo disponível em https://www.youtube.com/watch?v=sSEDYkGgKUU ↩︎
- Documentário disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1a99vUxFefQ ↩︎
- Ver “Alice Guy Blachè – a história não contada da primeira cineasta do mundo” de Pamela B. Green (2019) ↩︎
- Ver “Lumière – a aventura começa” de Thierry Frémaux (2016) ↩︎
- Ver a playlist disponível em: https://www.youtube.com/playlist?list=PLLzhea6mXbenWfweKVcO3AwWkQ4_SakjJ ↩︎
- Stop Motion (em inglês) é uma técnica de animação que consiste em mexer objetos e fotografá-los quadro a quadro, em movimento sequencial contínuo, dando a sensação de que o objeto se move sozinho. Esta técnica pode ser empregada com o uso de câmera fotográfica e edição em computador ou o uso de app específico em smartphone. ↩︎
- Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OMd73d9Pcgo ↩︎
- Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xyfHy1bb7D4 ↩︎
- Para visualizar um exemplo, veja https://www.youtube.com/watch?v=a42EutJhJeA ↩︎
- Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FBO8E6GbMhE ↩︎
- “O amanhã não está à venda”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=79eK6nOOFoc ↩︎