O documentário vai à educação básica rural

Os assentamentos1 Sílvio Rodrigues e Esusa, na zona rural de Alto Paraíso de Goiás/Goiás/Brasil, estão situados a cerca de 40 km da zona urbana. Os dois assentamentos e mais o acampamento Dorcelina Folador agregam o público principal do Educandário Humberto de Campos (EHC), na Cidade da Fraternidade (Cifrater). A Cifrater2, por sua vez, é uma comunidade cristã-espírita, fundada nos anos 1960. No final de 2003, a área circunvizinha à Cifrater, pertencente à Organização Social Espírita Cristã (Oscal) foi ocupada por movimentos sociais da Reforma Agrária resultando numa comunidade com cerca de 150 famílias assentadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Hoje, as pessoas desse assentamento são a maioria dos discentes e parte dos docentes do EHC, que conta com turmas da creche ao ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). 

Desde 2016, o EHC vem passando por mudanças em seu projeto político pedagógico, na busca por alternativas para uma educação verdadeiramente transformadora, a partir de metodologias ativas. Entre essas mudanças está a democratização da educação, permitindo e promovendo o protagonismo da criança e do jovem do campo em sua própria educação. Nessa perspectiva, o conselho gestor da escola foi aberto para membros da comunidade e pais de alunos. Assembléias entre os estudantes buscam garantir sua participação na gestão. A arte-educação, através de investimento da Secretaria de Educação do Estado de Goiás (Seduce) e do Instituto de Pesquisa, Educação e Extensão em Arte Educação e Tecnologias Sustentáveis (IPEARTES), tornou-se uma realidade para os estudantes do EHC, que podem optar por campos da experiência que mais lhes interessam dentro do campo da arte e da sustentabilidade, as chamadas “Eletivas”, que incluem audiovisual, música, teatro, design e sustentabilidade e turismo. Os “Grupos de Responsabilidade (GRs)” surgem como forma de unir professores, coordenação, comunidade, pais, educandos e funcionários e servem para gerir demandas reais da escola, como manutenção da horta, alimentação mais saudável, gerenciamento do almoxarifado, manutenção da infra-estrutura, produção de eventos, desenvolvimento do turismo na região, etc.

As reformas do EHC partem principalmente da Educação Democrática, da Metodologia de Projetos, da Comunidade Educadora, da Arte-Educação e da Comunicação Não-Violenta para resolução de conflitos. Entendemos que educação democrática e comunidade educadora são conceitos e práticas que se complementam na criação de ambientes onde os educandos têm autonomia e toda a comunidade é espaço em potencial para gerar processos educativos e pedagógicos. As principais referências teóricas para nos guiar neste processo foram John Dewey, Paulo Freire, Ana Mae Barbosa, Marshall Rosemberg e José Pacheco. Não cabe aqui esmiuçar as propostas desses teóricos, mas é importante dizer que elas nortearam as rodas de conversas dos educadores, grupos de estudos e pesquisas individuais e seguiram como base para cada educador desenvolver seus encontros. Nessa perspectiva, não podemos deixar de considerar que todo esse processo é de pesquisa-ação, metodologia na qual o participante é conduzido à produção do próprio conhecimento e se torna o sujeito dessa produção. Neste aspecto essa metodologia se afirma fundamental instrumento que busca superar a separação entre conhecimento e ação, buscando conhecer para atuar. 

 No EHC, o cinema foi trabalhado com a infância e juventude a partir da Pedagogia do Cinema, uma metodologia desenvolvida pelo cineasta e teórico francês Alain Bergala. A Pedagogia do Cinema propõe a análise fílmica e a produção cinematográfica como instâncias que permitem a construção de um novo olhar sobre os produtos midiáticos que nos rodeiam e também sobre a realidade que nos cerca. Não trata-se de uma valoração do conteúdo midiático como bom ou ruim, mas sim de sua compreensão global. Produzir um filme, por sua vez, parte da valorização da experiência, na qual o professor sai do lugar de quem ensina para experimentar, em comunhão.

Em A Hipótese Cinema (Bergala, 2008), Alain Bergala reflete sobre o processo de implementação do cinema enquanto disciplina nas escolas de nível básico na França que ele coordenou em 2000. Bergala foi convidado pelo Ministro da Educação francês Jack Lang, para liderar essa proposta que buscava os “princípios gerais e generosos” (BERGALA, 2008: 26) da pedagogia da arte: “reduzir desigualdades, revelar nas crianças qualidades de intuição e sensibilidade, desenvolver o espírito crítico” (Idem). 

A hipótese da qual fala o título é a utilizada como princípio nessa política pública, uma hipótese “do encontro com a alteridade” (Bergala, 2008: 29) que  prevê 

a coragem de distinguir a educação artística do ensino artístico e de afirmar o seguinte: a arte não pode depender unicamente do ensino, no sentido tradicional de disciplina inscrita no programa e na grade curricular sob a responsabilidade de um professor especializado e recrutado por concurso, sem ser amputada de uma dimensão essencial” (Idem). 

Pensando em termos de apresentação da arte num ambiente altamente institucional, burocrático e hierárquico como é a escola, Bergala parte do princípio de que a arte precisa ser um elemento intrinsecamente perturbador desta instituição. Afirmando que a arte não pode ser compreendida pelo estudante sem a experiência do fazer e sem o contato com o artista, Bergala corrobora a tese de Paulo Freire de que para uma educação libertadora, é preciso abandonar a “concepção bancária da educação” (Freire, 2005: 65) na qual, ao em vez de comunicar-se, o educador faz comunicados, que são recebidos como depósitos pelos educandos, guardados e arquivados. “A arte não deve ser nem a propriedade nem a reserva de mercado de um professor especialista. Tanto para os alunos quanto para os professores, ela deve ser, na escola, uma experiência” (Bergala, 2008: 29). Nesse sentido, enquanto ponto de partida, temos que a arte não se ensina, não se aprende, mas se encontra, se experimenta. “Se transmite por outras vias além do discurso do saber, e às vezes mesmo, sem qualquer discurso” (Bergala, 2008: 30). 

É preciso destacar, especialmente agora, após a experimentação na realidade que foram esses três meses de oficina de audiovisual com crianças entre 7 e 9 anos, como teoria e prática se complementam e se contradizem. Podemos, por hora, concordar com Bergala que afirma que o que mais faz falta nas pedagogias das artes é “um pensamento tático” (Bergala, 2008: 25) que dê conta da tradução dos princípios/conceitos para a prática pedagógica, no “chão da escola”. Por outro lado, é justamente lá, no dia-a-dia escolar, em coletivo, que é possível criar essas estratégias, seja nos processos mais formais de ensino-aprendizagem seja nas propostas de experiências compartilhadas e não hierárquicas. 

A oficina de audiovisual se deu de forma diferente para cada uma das cinco turmas do ensino fundamental I. Ao longo do tempo, porém, basicamente o mesmo conteúdo foi introduzido, com diferentes dinâmicas, temas e aprofundamento. É importante destacar que foram usados duas dinâmicas guias: a análise e a produção de conteúdo. Assim como indica Bergala (2008), muitas vezes a escola usa o cinema como suporte para exemplificar a discussão de certo tema. Nesses casos, perde-se a instância do cinema enquanto arte, privilegiando-o enquanto texto ideológico ou informativo. A tentativa, nessa experiência, foi apresentar temáticas socialmente importantes (para crianças) através da análise cinematográfica, como conceitua Mariana Penafria (2009). A autora,  no artigo Análise de Filmes – conceitos e metodologia(s)  dá diretrizes de como analisar um filme. Numa diferenciação entre crítica e análise, a pesquisadora considera que a análise deve dar suporte à crítica, o que frequentemente não acontece em críticas cinematográficas especializadas, que buscam criar juízo de valor, ao invés de interpretar o discurso. Para a autora, o papel da análise é decompor o filme, descrevendo-o para, em seguida, estabelecer novas relações entre os elementos separados, (re)construindo o sentido (Penafria, 2009).

Pareceu importante, antes de partir para a produção de filmes, que as crianças tivessem algumas referências de cinema, especialmente de cinema brasileiro. Nesse sentido, o primeiro encontro foi dedicado a apresentar diferentes linguagens cinematográficas: ficção, documentário, filme experimental e animação. Essa apresentação foi feita com exemplos de curtas-metragens, privilegiando filmes infantis ou feitos por crianças. Os estudantes iam percebendo a diferença entre as narrativas e tentando chegar em uma conceituação a partir das quatro opções estéticas que o mediador havia dado. 

Também tivemos aulas teóricas e práticas sobre o que é a imagem. Primeiro, uma apresentação dos elementos que constituem a imagem em cartões customizados que os alunos podiam manusear: cor, luz e sombra, enquadramento, ponto de vista, textura, perspectiva, linhas e formas, simetria, movimento, foco e desfoque. Em uma dinâmica com projeções de fotos, coletivamente fomos pensando o que se destacava em cada imagem. A partir disso, fizemos primeiro saídas fotográficas testando enquadramentos e movimentos. Depois, uma saída cinematográfica, onde a proposta era fazer os Minutos Lumiere, um exercício que consiste em filmar um ponto com a câmera estática, durante um minuto com o desafio de criar uma narrativa. Uma aula expositiva de História do Cinema também foi bastante importante. Com recursos audiovisuais, fomos aprendendo sobre como surgiu o cinema, quem foram os Lumière, Alice Guy Blaché e Méliès. Apesar de muitos estudantes acharem a narrativa desse proto-cinema bastante entediante, A Viagem à Lua (1902), impactou bastante alguns outros, que iam percebendo as relações com o teatro, com os efeitos especiais e empolgando-se em desvendar a narrativa arrastada. A primeira atividade de escolha de temáticas e formação de grupos foi deixada em suspenso nas primeiras semanas para que pudéssemos aprofundar nas questões estéticas, políticas e históricas do que é o Cinema. A partir do momento que já tínhamos assistido vários curta-metragens, compreendido as linguagens, passamos para realmente focar na elaboração dos projetos. 

Com cinco turmas, com média de dezesseis estudantes por turma, temos um total de 76 sujeitos. A cada turma, os alunos foram pedidos para se dividir em grupos menores – por afinidade ou por querer trabalhar o mesmo tema ou a mesma linguagem cinematográfica. Essa divisão foi essencial para começar a trabalhar com a Pedagogia de Projetos, especialmente pela diversidade dos temas que surgiram através dos próprios alunos. O primeiro ano do Ensino Fundamental não foi proposto dessa forma, por dificuldades especialmente na comunicação e interação do mediador com as crianças. Nesse caso, o processo foi mais centralizador, com propostas específicas pensadas pelo mediador a cada aula. 

Na turma do segundo ano, formaram-se 4 grupos: Princesas das Cores; A Cachoeira – que por dificuldades de autorização para saída dos alunos para visita à cachoeira, foi acordado em abordar outro tema, que ficou sendo as obras de arte da escola; um stop-motion de uma corrida de zumbis motorizados; um documentário sobre os animais da Cifrater. 

No terceiro ano, tivemos um projeto documental sobre animais da fazenda; um projeto de stop-motion que se desenvolveu a partir da referência de Toy Story (1995), e retratou a vida dos brinquedos na brinquedoteca do EHC (um dos lugares mais amados pelas crianças da escola, assim como um dos mais temidos pelas professoras regentes, visto a ansiedade e excitação que os pequenos ficam quando entram no espaço); um stop-motion sobre avião; um stop-motion sobre animais marinhos perigosos (o cartão de memória com o material gravado foi danificado logo depois da realização por uma criança); e um videoclipe com a temática Princesa das Flores; 

No quarto ano, quatro projetos: um projeto sobre funk (que acabou sendo realizado como vídeo-dança e entrevista “o povo fala”); uma animação stop-motion sobre comida do campo, com a elaboração de uma receita de bolo de mandioca; um projeto sobre balé, que não foi finalizado e um filme de terror. 

No quinto ano, foram quatro grupos: um documentário sobre a Vó Bezinha, uma das moradoras mais antigas da Cifrater e bisavó de uma das educandas, a Kadja Santos; uma videodança; um stop-motion sobre zumbis; e uma ficção chamada Vingadores do Cerrado, que fazia referência aos filmes hollywoodianos de super herói. Este último não chegou a ser filmado. Todos os curta-metragens que de fato foram finalizados estão disponíveis gratuitamente, online, no Canal do Youtube do Educandário Humberto de Campos3. Foram diversos imprevistos, desde mudanças no cronograma, até instabilidade e falta de autonomia dos grupos, mal planejamento de horário das atividades, perda de material captado, desistência dos estudantes, faltas, etc. Ainda assim, o resultado, especialmente enquanto processo, foi bastante positivo.  

Neste relato, buscamos concentrar-nos no processo que foi a elaboração do curta-metragem As Histórias Maravilhosas de Vó Bezinha, proposto e executado por um grupo de meninas do quinto ano, a saber: Kadja Santos, Elaine de Amorin, Maria Rosa dos Santos e Yasmin Gomes. Tudo começou com a proposta de fazer um filme a partir de um tema de interesse dos estudantes. A partir da ferramenta da Chuva de Ideias, diversos assuntos eram citados pelos estudantes, anotados no quadro e grupos eram formados. Seja por interesse no tema, seja por afinidade dos sujeitos. A formação de um grupo exclusivamente de meninas, que desejavam falar sobre Mulheres Importantes no Mundo, foi o gérmen do documentário. A grupalização orgânica por gênero não foi incomum nos processos que passamos, e grupos de meninos versus de meninas podem ser observados nesta escola em todas as séries o que inclusive levou a criação de um Grupo de Responsabilidade de Igualdade de Gênero (mas esta é outra história…).

A partir do tema geral de Mulheres Importantes, fizemos pesquisa online sobre personalidades femininas, e cada estudante da turma (o tema particular do grupo foi proposto como uma atividade geral de turma) fez uma página de um varal de perfil de mulheres importantes. A importância era dada pelo próprio estudante e o varal tinha personalidades diversas, desde Dilma (ex-presidenta do Brasil) até Anitta (cantora popular do ritmo brasileiro funk). Depois dessa atividade, propus ao grupo pensar localmente, e escolher personalidades da comunidade que pudessem ser entrevistadas. Primeiro pensaram em entrevistar a diretora da escola, a coordenadora, a faxineira, e fazer um documentário sobre várias mulheres importantes na comunidade. Posteriormente, as estudantes pensaram que a mulher mais idosa da comunidade morava a alguns poucos metros da escola, dentro da vila da Cidade da Fraternidade, e que seria bastante acessível. Vó Bezinha é chamada assim por todas as crianças, mas é bisavó (adotiva) de Kadja, que foi uma das estudantes mais empolgadas com a ideia. Expliquei para elas que qualquer entrevista começa com a equipe fazendo o convite e pedindo autorização de uso de imagem. Num primeiro encontro, as crianças foram até a Vó Bezinha fazer o convite, que ela prontamente aceitou. 

A Pedagogia de Projetos prevê a criação de um roteiro de pesquisa. Nesse caso, a proposta era realizar um produto audiovisual que os educandos iriam definir qual e como. As crianças precisavam responder, para elaborar seu roteiro de pesquisa: O que eu quero fazer (ou que filme eu quero fazer)? Por que eu quero fazer (esse filme)? Como vamos fazer? O que precisamos para fazer? O que desejo aprender com esse projeto? Realizamos essa atividade em formato de cartazes, que foram fotografados e ajudaram muito durante o desenvolvimento das atividades, sendo especialmente útil ao mediador, visto que depois de algumas semanas, o desejo das crianças de fragmentar os grupos e de imergir um no projeto do outro poderia ter dissolvido praticamente todos os grupos, não fosse o registro primeiro do planejamento. 

Este roteiro de pesquisa, no caso do quinto ano, principalmente do grupo da Vó Bezinha, também foi levado ao caderno, porque eles eram a turma com crianças mais velhas, mais autônomas. Com esse grupo de meninas, especificamente, pude ir ainda mais longe pelo grau de autonomia que elas demonstravam. Uma das minhas propostas foi estudar o que é uma entrevista. Propus diversas questões que elas deviam responder utilizando um texto base e também a internet. A ideia era que elas pudessem compreender o que é uma entrevista e criar boas perguntas para fazer a Vó Bezinha. Perguntas que revelassem tanto da história pessoal da anciã quanto da sua relação com o tema da “Mulher” (ou sendo mais ousadas, sobre o Feminismo), e também do crescimento da Cifrater. Pensamos perguntas que partissem de uma ideia de entrevista narrativa, na qual não há resposta “sim ou não”, mas que a perguntas que pudessem desencadear uma história. As crianças elaboraram algumas perguntas bem perspicazes como: Qual é a sua história? O que mais mudou na Cifrater e no mundo desde a sua juventude? Como você criou seus filhos? Foi difícil? Sentiu falta de ter um companheiro? O que você pode nos dizer sobre sua horta e seus remédios? Como a senhora começou a plantar? Como acha que vai ser daqui para frente? 

Vó Bezinha, 88, vai contando sua história, uma mulher com 10 filhos, abandonada pelo marido, que morava em Baixa Funda, no interior de Alagoas, Nordeste Brasileiro. Quando Vó Bezinha chegou, a Cidade da Fraternidade era chamada de Cidade das Crianças, e funcionava com um sistema de lares-famílias. A instituição Oscal adotava crianças em vulnerabilidade social, e estas eram criadas pelos comunitários. Vó Bezinha foi merendeira do EHC durante 20 anos e, além dos seus filhos biológicos, foi mãe de mais 30 filhos adotivos. 

Um dos momentos mais importantes do filme, analisando posteriormente, é quando uma das crianças pergunta sobre as mudanças que Vó Bezinha viu no mundo. Ela fala sobre as diferenças entre os relacionamentos amorosos de seu tempo e da atualidade. Vó Bezinha avalia que a situação melhorou muito para as mulheres, que hoje em dia são mais independentes e têm a opção inclusive de manter-se solteira, livre. Questionada se foi difícil criar os filhos sem marido, ela disse que não, nem um pouco e começa uma reflexão em frente a câmera sobre o papel dos homens na vida das mulheres, dando inclusive conselhos àquelas meninas que ali estavam. 

Quanto à horta, a pergunta gera uma resposta com diversas informações importantes com receitas e ervas locais que servem principalmente como remédio. As crianças se divertiram durante o processo de percorrer o quintal com a câmera, gravando cada planta e aproveitando para tirar frutas do pé e se deliciar no momento. A câmera na mão tem um efeito bastante entusiástico nas meninas. Diferentemente do momento de câmera principal, que assume uma postura tradicional, de “cabeça falante”, com um plano médio, a câmera na mão possibilita uma espécie de brincadeira de zoom, movimento e imagens experimentais. 

Para finalizar, algumas fotos das placas que localizam o assentamento e imagens do cotidiano da escola, que como diz a própria Vó Bezinha, cada vez está melhor. A relação pacificada narrada por Vó Bezinha, entre a Cifrater e os assentamentos é uma visão parcial e pessoal, e finaliza numa perspectiva otimista da escola e das possíveis transformações sociais que podem acontecer com a chegada dos assentados e do crescimento e fortalecimento da escola por conta do maior número de crianças e jovens que a frequentam e que são, de fato, a essência de qualquer escola ou movimento educacional.

Referências:

Bergala, Alain. A Hipótese Cinema. Rio de Janeiro: Booklink; CINEAD-LISE-FE/UFRJ: 2008. 210p. 

Dewey, John. Dewey, John. Democracia e educação. 3.ed. Tradução de Gobofredo Rangel e Anísio Teixeira. São Paulo: Nacional, 1959. Disponível gratuitamente em inglês: http://www.gutenberg.org/files/852/852-h/852-h.htm. Acesso em 20/04/2019.

Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra: 2005. 213p. 

Penafria, Manuela. Análise de Filmes – conceitos e metodologia(s). In: Congresso SOPCOM, 6, 2009, Lisboa. Disponível em: < http://www.bocc.uff.br/pag/bocc-penafriaanalise.pdf>. Acesso em: 12/09/2017.Rosemberg, Marshal. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.

  1. Nos referimos a assentamentos destinados à Reforma Agrária. Os assentamentos são criados a partir da desapropriação de latifúndios improdutivos (no caso, pertencentes à Oscal) e efetivação de posse da terra pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão responsável pela política fundiária no Brasil. No caso de ocupações ainda não regularizadas, chamamos de acampamentos. ↩︎
  2. Website oficial disponível em: https://mofra.org.br/cidade-da-fraternidade/. Acesso em: 20/12/2019. ↩︎
  3. Disponível em: https://www.youtube.com/channel/UCFGOt0q2uacD8ggS2MzpClQ.Acesso em 20/12/2019. ↩︎

Deixe um comentário